O Odú Ijê,é a passagem de yaô para egbomi, e não o fim de suas obrigações para o com o orixá, ser um egbomi é ter o dobro de responsabilidade de um yaô, afinal você será visto como um exemplo, lógico que temos que ter uma certa postura, mas isso não quer dizer falta de humildade.
Nesta passagem o yawo veste o orisá de ori, para o ritual de despedida de yawo para ser egbami,ao meu ver, quando empossado destes direitos,o pai emdossa o que o filho faz.
Em certas casas de santo, hoje com esta total liberdade, vemos yawo de 1 ou 3 anos recebendo direitos, com o pretexto dado pelo próprio babá, que explica que deu porque o orisá pediu. Ora! acho que o santo do tempo de Yá Cotinha, ya senhora de oxum miwa( mojubaô ya),de pai Valdomiro Bahiano, de pai Pérsio( mojubaô babami), grande mestre, saudades eternas, não mudou.Será que esse orisá que cultuamos mudou? ela agora não pode mais esperar, acho que não, o que mudou foi a sede desse poder falso, da vaidade, de não saber esperar, que santo precoce é esse?que nem pde mais esperara o filho aprender , o filho se desenvolver, ter mais segurança.
O que se existe hoje é muita desmoralização, outro dia vi um travesti receber o cargo de ekeji, um absurdo.
Então você que tomou odú ijê, tome cuidado com a sua postura perante os outros irmãos e amigos de axé, não se retraia achando que tão falando mal de você, e seja simpático e comunicativo com todos, e principalmente seja prestativo, ensine seu próximo, passe aquilo que um dia lhe passaram somente assim você vai quebrar esse paradigma. Lembre-se que vivemos em um egbé, então vamos fazer o melhor possível para viver em uma sociedade feliz e mesmo que você já tenha sua própria casa de santo, não se esqueça da onde você veio, porque uma árvore com a raiz bem regada sempre dará bons frutos.
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